Nei Duclós
Ilha de coral partida ao meio
meu coração é resto de naufrágio
pedágio imposto em submerso reino
mulher que mata e só depois afaga
Isso não presta me disseram há tempos
mas quem comanda o braço machucado?
tem vida própria o bruto ferimento
desperdiçando o sangue posto em guarda
Adivinho o porto do teu desassossego
perfil de continente ainda sem pátria
lá pousa o barco do corsário mouro
que é o meu verso, espasmo de combates
corda de esforço extremo em tua amurada
Sou teu remorso em busca de um resgate
RETORNO -
Imagem desta edição: tirei daqui.
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