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5 de setembro de 2011

CHUVA NA ESPIRAL


Nei Duclós


meu rosto cinza na tua pele lua
tua carne fruta corte na mordida
sonho que surfa numa costa crua
teu verbo solto bolinando a víbora

prendo o solar na curva do soneto
porta de preces da mulher espírita
trança do leste em torre de aleluia
cruza de flor com riso de conquista

não sei ainda se farás conserto
do estrago abaixo da conduta
enxerto novo no quintal de feltro

aguardo pleno de esperar no ermo
atento ao passo posto no sereno
chuva no dorso da espiral suprema


RETORNO - Imagem desta edição: tirei daqui.

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