Nei Duclós
Um poema que faça companhia
como irmão que volta do exílio
amante que faz a cama
pai que te dá colo
Um poema que faça companhia
como fada enviada pela Lua
aia em bodas de safira
faísca da estrela guia
Um poema que faça companhia
sobre os destroços e ruinas
sobre sonhos sinistros
campos de veneno
Que seja teu forte, teu corpo
no embate com o monstro
e óbvio feito açoite
estalando no breu
Um poema ao teu lado, criatura
de sopro e esforço
junto ao barro, o amor
que esconde o escuro
RETORNO -
Imagem desta edição: safira. Tirei daqui.
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