Nei Duclós
Tenho sofrido de sonambulismo
labirinto de cenas que alucinam
zumbi manipulado pelo abismo
alvo submisso na mira de Cupido
A mais bela pastora está ferida
pela agulha azul da poesia
Não tenho a chave para o enigma
e durmo na rua entre mendigos
Sou um dos reféns de sua glória
vôo inacessível de andorinha
jogo em tabuleiro já perdido
Por isso amanheci antes da hora
mantido na doçura deste exílio
e no laço do qual não serei digno
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