Nei Duclós
Gosto de março pelas promessas
Pelo fim do calor em excesso
Pela luz filtrada em cores básicas
Pela chance do sonho que começa
Gosto de março, não há pressa
Em dominar o mundo ou ser poeta
Tudo passa menos esse fruto
Forjado em íntima floresta
Gosto de março porque viajo quieto
No lugar onde estou e não arredo
Não pago bilhete para o deserto
Fico no sol amigável de leste
Que desperta a grama e espera a rosa
Desfolhar-se, dança de retorno breve
RETORNO -
Imagem desta edição: The Sea from the Heights of Dieppe, de Eugène Delacroix.
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