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18 de setembro de 2010
POLÍTICA DEVERIA SER PROIBIDA
Quais são os vilões da humanidade hoje? Os políticos. Ditadores, assassinos, mentirosos, ladrões, carreiristas, exercem uma atividade pública de maneira torpe e se transformam nuns buchos, tanto homens quanto mulheres. São as fontes de tristezas das nações. Diga um(a) que preste. Você tem um espertinho que joga sujo em Paris, um tirano acusado de fraudar as eleições no Irã, um enganador na América que promete paz e intensifica a guerra, um palhaço sinistro na Venezuela, um bobalhão perigoso no Brasil, além de piratas em tudo que é país vendendo soberania e trocando o suor do povo por luxos. Nenhum estadista.
Se proibissem a política, respiraríamos aliviados. Cada um iria cuidar das suas coisas. Como você não quer viver na podridão, daria um jeito para ter saneamento na sua rua sem depender de político fazendo “licitação”. Teria alimento plantado na esquina sem precisar da desertificação do agronegócio, usina de eletricidade solar no bairro sem inundar as terras aráveis, segurança feita em rodízio por moços e veteranos sem ter de comprar proteção com o revólver na cara, saúde sem ser humilhado e transporte gratuito sem ter de deixar o salário com o cobrador. E imposto zero, já que os serviços públicos seriam geridos de maneira endógena com moeda própria, feita para obras públicas, nas mãos de especialistas (jamais de políticos). E as Forças Armadas? Reunidas em grupos de salvamento para catástrofes, no espírito dos bombeiros, tanto nas selvas quanto no litoral.
Utopia? Mais utópico do que viver nas garras dessa canalha? Quem sonhava que um dia seriamos vítimas da nossa ânsia por democracia? Eles simplesmente se adonaram do regime democrático para roubar não apenas uma parte, mas tudo. No Brasil, temos políticos cem por cento. E tanto faz ser fazendeiro, comunista, industrial, advogado, bancário, jornalista, é tudo uma súcia que na hora em que “toma posse” joga tudo para o alto e se agarra no butim. Influência é a droga mais pesada do tráfico. Então que se locupletem. Estourem de tanto roubar. E nos deixem em paz. Vão viver na imundície do bem bom.
O problema é que sempre tem uma nova quadrilha para se apropriar do tesouro nacional. Tivemos de aturar primeiro os burocratas das finanças que saíram das universidades para enriquecer, depois os oposicionistas de aluguel que assumiram o primeiro governo desta falsa República, que sucateou a moeda e desestabilizou a economia, mais tarde os aristocratas de araque e finalmente os ágrafos estimulados pelos pseudorevolucionários e suas defecções e madalenas arrependidas. Parece que sempre há lugar para mais um. Enquanto isso, sofremos engulhos vendo a cara bexigosa de uns e outros, o botox nos canhões do poder, as histórias de quebra de sigilo e de variadas putarias em todas as instâncias de governo. E é um carrossel: eles sempre voltam, pois o regime está fechando em si mesmo e roda ao som da burrice total.
As pessoas de bem continuam existindo, mas estão isoladas, com medo, reprimidas, sem poderem cumprir seus destinos de plena cidadania. Há falta de talentos em todos os setores enquanto amargamos a boçalidade analfabeta tanto à esquerda quanto à direita. Currículo é apenas a soma de empregos perdidos e de diplomas sem uso. O que produzimos de bom fica escondido ou passa logo. O que fica firme, hegemônico, é esse clima de horrores, apoiado pela situação internacional miserável, onde tudo descamba em matanças, violências, roubalheiras e bandidagens em geral.
Certo, não sejamos pessimistas. Temos de confiar no paraíso próximo. Achar que tudo está bem, o que existe é apenas exagero. Pagar consultoria e auto-ajuda. Repetir frases falsas metidas a sábias. Fazer curso a distância. Pontificar para sufocar o interlocutor. E dizer “amei” toda vez que uma asneira qualquer pipoca em destaque nas mídias sociais e anti-sociais.
Vão cagar pedra é uma expressão mais condizente com o estrago feito com a nossa paciência.
RETORNO - Imagem desta edição: quadro de Bosch
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