Nei DuclósSurrei a vida, surrei-me
bati no crânio do erro
feri o tempo, ferido
abri o olho, surpreso
Cortei o pulso, no espelho
olhei a morte, quebrei-me
Cantei calado, no peito
plantei deserto e canteiros
Amei amigas, solteiro
entrei nas casas, fogueira
queimei sorrisos, em cinzas
deixei as brasas, certezas
Levantei vôo, soltei-me
voltei da guerra, fui preso
vieram ver-me, esperei-os
com a mão no peito, violenta
RETORNO -
1. Poema do meu livro No Meio da Rua, musicado por Bebeto Alves. 2. Imagem desta edição: Corredor, de Ricky Bols.
Baita surra, Nei! Bom!
ResponderExcluirBater forte, bater sempre.
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