Nei DuclósProcurei na estante o tempo da esperança
Debaixo do colchão, em todos os cantos
Até a porta do sótão abri
Encontrei em ti, amor que me acompanha
Teus braços seguros, teu rosto sem susto
Estação de flor na estufa do frio
Descobrimos a presença do prazer em fuga
Dobrada como lenço em vagões de agulhas
Estivemos sós, mas unidos no sim
Depois, buscamos sinais do encantamento
Disseminado em campos incultos
Girassol selvagem no abril
Vimos como brota o que nos negavam
Podíamos compor um sono profundo
Mas decidimos despertar
RETORNO -
Imagem desta edição: foto de Ida Duclós.
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