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1 de dezembro de 2009
DRAMA NA ÚLTIMA RODADA
O Grêmio não vai entregar o jogo contra o Flamengo. Ao contrário, vai lutar como um leão solto na arena depois de uma temporada de estio. Vai resolver assim a sinuca de bico preparada pela tabela do campeonato Brasileiro, que colocou nos pés dos jogadores do tricolor gaúcho o destino de seu arqui-rival, o Internacional de Porto Alegre.
De minha parte, quero que o Flamengo seja campeão. O técnico Andrade, Peticov e todos os outros craques merecem esse título. Mas isso não quer dizer que vá se basear na rivalidade gaúcha para fazer graça na hora de levantar a taça. Se vencer, deverá ser de maneira justa. É isso, acredito, que esperam os jogadores, dirigentes e torcedores do time carioca. Pois não teria graça ganhar de bandeja a vitória contra o Grêmio só porque existe uma coisa chamada Grenal, que todo o Brasil aprendeu a dizer que é a pior rivalidade futebolística do mundo. Não é. A pior é nós contra os argentinos.
O problema é que, para quem acredita na obrigatória marmelada, não existe uma coisa chamada honra, um nome a zelar. O que os colorados deveriam fazer, em vez de ficar colocando obrigação no Grêmio, é cuidar do Santo André, que, caindo pelas tabelas, poderá surpreender no último minuto. Não descuidem do adversário nessa partida final, não contem com a galinha antes do ovo. Talvez levem uma chapuletada. Seria engraçado se o Grêmio vencesse e o Internacional caísse de quatro diante dos paulistas.
Se torço para o Flamengo para o título, acho que o Palmeiras foi o grande injustiçado neste campeonato. Era líder com folga e foi se abatendo até chegar exausto na última rodada. Problemas internos, brigas de foice no claro e no escuro, ruptura entre técnicos e jogadores, estrelismos ou afobamento puro e simples deitaram tudo a perder. Mas ainda há chances. Talvez os palmeirenses ganhem a parada e possam enfim comemorar esse título. No mínimo, André Falavigna, que desde a puberdade não levanta o troféu nacional, teria assim sua grande desforra e poderia gritar úúúú levando as mãos na cabeça como uma manifestação de alívio e não de lamento pelo título perdido. O gol do meio do campo no domingo foi um sinal de que pode acontecer um milagre?
Resta falar do São Paulo, eterno candidato a vencedor. O São Paulo tem carisma, tem time e tem sorte. Rogerio Ceni se machucou mas voltou em forma. Ronaldo se machucou e caiu junto com o Corinthians. A barra andou pesada pelo lado corintiano. Mas é sempre leve para o lado do tricolor paulista. Por que será? Na penúltima rodada, os sampaulinos saíram da liderança para a lanterna do G-4. Talvez voltem ao topo. Mas esse não é o drama da última rodada.
O drama está no pampa. Lá em Uruguaiana, como estará o clima? Colorados e gremistas, que vi lado a lado num final de campeonato, quando o Grêmio venceu e não saiu pancadaria nenhuma, ao contrário, famílias inteiras uniformizadas com as camisetas de seu time foram à praça ver a bagunça. O Rio Grande é maior do que dizem. É uma terra de bravos. Como provar que somos essas pessoas de fibra que não fazem jogo sujo? Basta nossa palavra. E nossa história. Portanto, fiquem atentos. São dois jogos à parte. Se os dois times vencerem, torço para que ambas as torcidas enfim encontrem um denominador comum, a paz tão sonhada, nem que seja por uma tarde, no chão conflagrado da nação aos pedaços.
RETORNO - Imagem desta edição: tirei daqui.
EXTRA: ROBIN WILLIAMS CONTRA O BRASIL
Não é a primeira vez que o ator Robin Williams (na foto acima, rodeado de garotinhos) falta com o respeito ao Brasil. Costuma dizer barbaridades, como se tivesse o direito de esculachar o país. Agora ele opôs a sieredade das mulheres americanas, Oprah e a primeira dama Michelle, às "strippers" brasileiras, que teriam sido ofertadas ao Comitê Olimpico Internacional junto com meio quilo de pó.
No fundo, ele se acha uma velha senhora respeitável e deve lamentar não ter um corpinho vagabundo, que lhe permitiria fazer o trotoir. Velho cheirador assumido, o rapaz usa os próprios países baixos como referência. Quando olha seu busanfan no espelho, ele acha que vê o Brasil, mas vê apenas o espetáculo (que deve ser medonho) da sua derrière. Em todos os seus filmes, o cara sempre aparece na sua faina obsessiva, a de fazer sua personalidade fake e freak uma espécie de monumento do show bizz.
Gracioso, costuma subir em mesas e sofás e dar gritinhos. Não fosse o aspecto físico bisonho, irrelevante se não costumasse nos ofender, ele poderia se candidatar a ser uma das strippers que denuncia. Bobalhão.
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