Nei Duclós
Fronteira é pátria precária
Paiol de força contrária
Paisagem imaginária
Fronteira é flor que se quebra
na sombra da sentinela
Navio que afunda na barra
Fronteira é cisma de guerra
Gatilho preso na corda
Praia com sobra de ferro
Fronteira é embrulho de bala
Palavra bruta na praça
Barulho em forma de trégua
Fronteira é mira na espera
Bandeira em cima da sela
Cintura que ostenta o berro
Fronteira é aceno de pedra
Combate feito na marra
O nome próprio da terra
Fronteira é tropa na sala
Clarim que bate panela
Fogo sem dono na serra
RETORNO - 1. Poema do capítulo Terra, do meu livro "Partimos de Manhã". 2. Imagem de hoje: "Gaúcho solitário", de Glauco Revoredo Guerra.
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